sexta-feira, 28 de junho de 2013

E lá pelas tantas...

E lá pelas tantas...

Ele - Alô!
Ela - Onde você tá?
Ele - To aqui na empresa.
Ela - E esse barulho?
Ele - É que tem um som de carro aqui na rua.
Ela - Você tá bebendo?
Ele - Oi? A ligação cortou.
Ela - Você tá bebendo, neh?
Ele - Não. De onde você tirou isso?!
Ela - Eu to ouvindo voz de mulher?
Ele - Não tem mulher aqui.
Ela - Quem tá aí com você?
Ele - Eu tô bem. Chego aí já já, amor.
Ela - "Amor" nada. Tem mulher aí é?
Ele - Eu já disse que não tem mulher aqui. O que aconteceu?
Ela - "O que aconteceu?". Deixe de seu cinismo! Já são duas horas da madrugada.
Ele - Duas? Caramba! Nem vi o tempo passar.
Ela - Seu mal é esse: você nunca vê o tempo passar.
Ele - Mas eu disse a você que ia chegar tarde hoje.
Ela - Não lembro disso.
Ele - Mas eu falei.
Ela - Você tá fazendo o quê?
Ele - To adiantando umas coisas por causa do feriado.
Ela - E pelo jeito seu feriado começou mais cedo.
Ele - É o quê?
Ela - Eu não acredito mais nessa história. Você tá em algum bar.
Ele - Bar? Ficou louca? To no trabalho.
Ela - NÃO DIGA QUE EU TÔ LOUCA NÃO, VIU?
Ele - Mas eu não disse.
Ela - Eu já tô cheia disso?
Ele - Disso o quê, Meu Deus?
Ela - Dessas suas farras.
Ele - Mas eu não tô farrando. Tô no trabalho.
Ela - PARE DE MENTIR!
Ele - Eu não tô mentindo. É sério. Vá dormir que eu chego já.
Ela - "Já" que horas?
Ele - Tô terminando aqui já já.
Ela - Marcelo, venha embora agora!
Ele - Marcelo? Meu nome é Túlio. Quem tá falando? Não é a Amanda?
Ela - Não. Nâo é a Amanda. É a Andrea.
Ele - Acho que você ligou errado.
Ela - Desculpa. Foi engano.

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