quarta-feira, 17 de julho de 2013

Plantão 21 - "Eu fui dar, mamãe"

01h55 - Plantão transcorrendo com pequenas alterações.

Até agora, as duas ocorrências registradas envolviam adolescentes.

As vezes acho que adolescente deveria ser colocado em um colégio interno. Quando completasse 13 anos de vida seria jogado em um colégio interno onde ficaria até os 18, em seguida prestaria serviço militar (no caso dos rapazes) e só depois disso voltaria pra casa.

É uma tal de rebeldia sem causa; um ninguém me ama; ninguém me entende; um tal de querer ser diferente que termina sendo igual a todos os outros...

Já fui adolescente e também já fiz essas 'leseiras' e é por isso que acho que a ideia do colégio interno é válida.

A primeira ocorrência da madruga aconteceu no bairro do Grotão. Uma adolescente chamou a polícia porque apanhou de sua mãe. A figura tem 17 anos. A polícia foi até o local. A 'agredida' esperava pelos policiais no portão de casa. Ela informou à polícia que a mãe a agrediu porque ela foi a uma festa sem permissão. Pera! Uma festa? Em plena terça-feira. Típico de adolescente que não tem o que fazer, neh?!

Enfim, o policial disse pra garota que ela deveria apanhar novamente só pelo fato de ter chamado a polícia pra própria mãe. "CONFLITO RESOLVIDO NO LOCAL."

A segunda ocorrência também envolveu uma 'rebelde'. Ela saiu de casa na manhã desta terça-feira e só voltou durante a  madrugada da quarta. A mãe estava desesperada, claro. A 'menininha', de 16 anos, informou que tinha 'saído' com as amigas. Não sei se essa apanhou. Deveria.

Meu avô me contou uma história, que envolve um adolescente, ocorrida na cidade de Petrolina, no sertão pernambucano. O garoto, muito mimado pela mãe, mas bastante cobrado pelo pai, ameaçava se matar diante de qualquer reclamação do seu progenitor.

Um dia, durante o café da manhã, o pai do adolescente fez uma cobrança mais intensa e o 'rebelde', mais uma vez, ameaçou se matar e correu para se atirar da ponte sobre o Rio São francisco, que liga a cidade de Petrolina-PE a cidade de Juazeiro, na Bahia. A mãe do garoto entrou em desespero e logo pediu para que os colegas de seu filho corressem para segurá-lo. O pai não levantou da cadeira e continuou a tomar seu café da manhã, pois sabia que se tratava de mais um 'drama' do menino.

Os amigos correram atrás do 'suicida' e o encontraram sentado no pára-peito da ponte. Seguraram o garoto, o amarram e o levaram de volta pra casa. O pai logo falou que sabia que ele não teria coragem de se matar e que era tudo 'frescura' para chamar a atenção da mãe.

O garoto, ainda amarrado, respondeu:

- Só não me joguei logo no rio porque tinha tomado café quente.

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